O
edital para seleção de escriturário do Banco do Brasil S.A. (BB),
lançado em dezembro 2013 e com resultado final publicado hoje
(8/5/14) será acompanhado de perto pelo Ministério Público do
Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins (MPT-DF/TO).
O objetivo é agir proativamente para evitar possíveis irregularidades nas convocações, em especial, no que concerne à ocupação de vagas por terceirizados, em detrimento aos aprovados no certame.
O objetivo é agir proativamente para evitar possíveis irregularidades nas convocações, em especial, no que concerne à ocupação de vagas por terceirizados, em detrimento aos aprovados no certame.
Em março de 2014, o MPT-DF/TO recebeu denúncia apontando que o BB
preteriu concursados, que aguardavam no Cadastro de Reserva do
concurso de 2012/001, mantendo contratos de terceirização.
A
investigação realizada pelo procurador Carlos Eduardo Carvalho
Brisolla constatou que de fato, a entidade financeira manteve
contratos com empresas de serviços de trabalho temporário em 2012 e
2013. Porém, como a denúncia chegou ao MPT apenas em 2014 –
ocasião em que o Banco comprovou que havia cessado os contratos das
empresas prestadoras de serviços –, não havia embasamento legal
para que o procurador exigisse a convocação dos candidatos
prejudicados, já que não há, no presente momento, terceirizados
ocupando aqueles postos.
“Lamento
que a denúncia não tenha chegado em momento anterior. É bastante
preocupante a contratação de empresas de trabalho temporário para
a atuação terceirizada quando há candidatos selecionados por meio
de concurso público. Vamos acompanhar a convocação dos candidatos
aprovados neste novo certame para evitar que haja discussão acerca
das nomeações. Também vamos verificar, quando existentes, a real
necessidade e legalidade de eventuais contratos temporários,
observando a ocorrência de sazonalidade.” afirma Carlos
Brisolla.
O MPT
age em função do interesse coletivo e investigou em curto espaço
de tempo a denúncia encaminhada, a fim de defender os interesses dos
selecionados e coibir a prática da terceirização ilícita. Tal
medida, no entanto, só seria possível se fosse constatada no cenário atual,
terceirização em setor que há concursados aguardando. O Banco do
Brasil, porém, apresentou documentos que comprovam a interrupção
desta prática no ano de 2014, período em que o MPT-DF/TO tomou
conhecimento do caso.
Para
garantir maior segurança aos candidatos aprovados no cargo de
escriturário do Banco do edital (nº2/2013), o procurador solicitou
que a empresa apresente no prazo de 60 dias, a relação com todos os
aprovados, com a listagem discriminada dos convocados e nomeados.
Também deve apresentar, neste mesmo prazo, toda informação sobre
eventual contratação de empresa de trabalho temporário.
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