Juíza determina a adoção de ônibus com ar-condicionado, motor traseiro, câmbio automático e direção hidráulico no Distrito Federal

segunda-feira, 25 de março de 2013

Decisão liminar da juíza da 14ª Vara do Trabalho de Brasília Laura Ramos Morais condena a Condor Transportes Urbanos Ltda., concessionária do transporte público do Distrito Federal, pertencente ao Grupo Canhedo, a adquirir somente ônibus com ar-condicionado, motor situado na parte traseira, câmbio automático e direção hidráulica. A empresa terá 12 meses para adequar a frota, atendendo aos requisitos determinados pela Justiça do Trabalho. Caso não cumpra, poderá ser multada em R$ 50 mil diários. Além disso, vai pagar R$ 500 mil de indenização por dano moral coletivo. Esse valor será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O procurador Alessandro Santos de Miranda, autor da ação civil pública, destaca a importância da decisão para os trabalhadores do transporte coletivo urbano do Distrito Federal. “A constante exposição dos trabalhadores ao perigo no ambiente laboral demanda a adoção de medidas céleres capazes de reduzir os riscos a acidentes e adoecimentos ocupacionais de diversas espécies. Trata-se de lesão potencial e continuada à integridade física dos obreiros, expostos a ocorrência de infortúnios decorrentes das precárias condições de segurança e saúde no trabalho”, afirma. Ele explica que os programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional e de Conservação Auditiva proporcionarão condições mais adequadas de labor aos motoristas. “O ambiente de trabalho deve ser adaptado, na medida do possível, ao trabalhador, e não o contrário”, conclui.

Para a juíza Laura Ramos, “O MPT comprova efetivamente de forma clara com os dados previdenciários, audiometrias realizadas, periciais, o prejuízo existente aos trabalhadores, em especial os motoristas, cobradores e demais que transitam nos ônibus da empresa com motor dianteiro e em condições precárias de trabalho, tais como ausência de ar, entrega de EPI's e outros”, afirma nos autos.
  

VRG Linhas Aéreas vai pagar R$ 1 milhão em dano moral coletivo por restringir direito de greve

quinta-feira, 21 de março de 2013

O juiz Gilberto Augusto Leitão Martins da 11ª Vara do Trabalho de Brasília condenou a VRG Linhas Aéreas por inibir o direito do exercício de greve. A empresa deverá orientar seus dirigentes, por meio de cursos especializados, para que não promovam assedio moral ou não pratiquem atos antissindical.

Justiça do Trabalho interdita frigorífico Minerva de Araguaína (TO). Vazamento expõe trabalhadores aos efeitos tóxicos da amônia

quarta-feira, 20 de março de 2013

Na segunda-feira (18/3), 50 empregados do Frigorífico Minerva S.A. ficaram expostos aos efeitos tóxicos da amônia por 45 minutos o que exigiu atendimento ambulatorial desses trabalhadores, que apresentaram quadro clínico de tontura, vômito, ardor nos olhos e dificuldade respiratória.

71 estudantes concorrem a seis vagas de estágio

Os inscritos no processos seletivo de estágio para estudantes do curso Direito responderam, na tarde desta quarta-feira (20/3), a prova escrita que vai selecionar os futuros estagiários do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal.

Procuradora Valesca Monte apresenta projeto MPT na Escola à Secretaria de Educação

Na reunião realizada na manhã desta quarta-feira (20/3) com as assessoras da Coordenação de Educação e Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal Adriana Drummond de Andrade Müller e Rachel Cota, a procuradora-chefe Ana Claúdia Bandeira Monteiro e a procuradora Valesca de Morais do Monte apresentaram as diretrizes do Projeto MPT na Escola. O projeto consiste na formação de educadores multiplicadores de ações de combate ao trabalho infantil. Seu principal objetivo é conscientizar a comunidade escolar das consequências negativas do trabalho de crianças e adolescentes.

Neste ano, o MPT na Escola vai atender às escolas de diferentes regiões do Distrito Federal. A assessora Adriana Drummond destaca a importância da sensibilização dos professores sobre o tema. “As pessoas precisam ser sensibilizadas pela luta da erradicação do trabalho infantil. O envolvimento dos professores, alunos e comunidade é necessário”, afirma.

A procuradora Valesca Monte destaca a importância e o alcance social dessa iniciativa nas unidades de ensino. “O MPT na Escola é um projeto de fácil implantação e de excelente relação custo benefício. O Distrito Federal precisa participar dessa revolução de combate ao trabalho infantil”, explica.
 

GDF é condenado em 10 milhões por não exigir ônibus com motor traseiro

segunda-feira, 18 de março de 2013

A não exigência de ônibus com motor traseiro, câmbio automático e direção hidráulico na Licitação do Novo Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal levou os desembargadores da Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região a condenar o Governo Distrito Federal (GDF) – poder concedente dos serviços públicos – ao pagamento de R$ 10 milhões a título de reparação por danos morais coletivos. O valor da multa foi determinado pelo desembargador-relator João Amílcar Silva e Souza Pavan e aprovado pelos magistrados da Turma.

O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, representado pelo procurador do Trabalho Alessandro Santos de Miranda, investigou, nos últimos anos, as condições laborais dos quase 12 mil motoristas e cobradores do transporte urbano de passageiros. As conclusões, que são preocupantes, motivaram a adoção de medidas judiciais visando à preservação da saúde e da segurança daqueles profissionais e, consequentemente, à melhoria das condições do transporte público para seus usuários.

Na avaliação do procurador Alessandro Miranda, os danos causados à audição são irreversíveis, progressivos e definitivos. “O valor do dano moral coletivo deve servir de exemplo para que o Governo do Distrito Federal não incentive as más práticas trabalhistas pelas empresas concessionárias, nem o adoecimento em massa dos aludidos trabalhadores, que por mais de duas décadas vêm tendo perdas significantes na saúde e na qualidade de vida”, afirma.

Todas as empresas de transporte coletivo no Distrito Federal foram investigadas. Ao todo, 12 diferentes ações civis públicas foram ajuizadas contra as concessionárias e a concedente. Durante as investigações, ficou constatado que cerca de 45% dos motoristas e cobradores apresentam perda auditiva devido aos níveis elevados de ruído, sendo este um dos índices mais altos do País. Outras doenças ocupacionais relacionadas à profissão são lombalgias, hipertensão arterial e doenças psicológicas relacionadas ao estresse, tais como irritabilidade, distúrbios do sono, déficit de atenção e concentração, cansaço crônico e ansiedade, entre outros efeitos danosos.

A juíza Laura Ramos Morais, que condenou no mesmo processo a Condor Transportes Urbanos Ltda. e o Governo do Distrito Federal, ao pagamento de indenização por dano moral coletivo, avalia que “o MPT comprova efetivamente de forma clara com os dados previdenciários, audiometrias realizadas, periciais, o prejuízo existente aos trabalhadores, em especial os motoristas, cobradores e demais que transitam nos ônibus da empresa com motor dianteiro e em condições precárias de trabalho, tais como ausência de ar, entrega de EPI's e outros”, afirma nos autos.
  

MPT no Distrito Federal vai oferecer vagas de estágio para estudantes de administração, arquitetura e jornalismo

segunda-feira, 4 de março de 2013

As instituições de ensino superior do Distrito Federal que desejam habilitar seus estudantes para participarem do programa de estágio da Procuradoria Geral do Trabalho - que nesta seleção, vai oferecer vagas para o Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal - terão até o próximo dia 15 de março para firmar convênio com o MPT.