CPI do Apagão Aéreo ouvirá Procurador do Trabalho Alessandro Santos de Miranda na segunda-feira

sexta-feira, 1 de junho de 2007

O Procurador do Trabalho Alessandro Santos de Miranda, responsável pelas investigações envolvendo os controladores de vôo, divulgará na segunda-feira, (4/6), um diagnóstico da situação nacional dos controladores de tráfego aéreo. O relatório, que mostra 15 causas da crise e aponta 42 propostas de solução, será apresentado aos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, a partir das 14h30, na sala de audiências da Comissão, no Senado Federal.


As investigações sobre as condições de trabalho dos controladores de tráfego aéreo, em todo o País, vem sendo feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPU) desde dezembro de 2006. Antes, porém, em outubro passado, já havia um procedimento investigatório em Brasília, conduzido pela Procuradora do Trabalho Ludmila Reis Brito Lopes, verificando as condições de trabalho no Cindacta I, e outro em São Paulo.


Na audiência de segunda-feira, os senadores da CPI do Apagão Aéreo também ouvirão os esclarecimentos, acerca do sistema de controle do tráfego aéreo brasileiro, do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, e do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. Serão tomados ainda os depoimentos do tenente-brigadeiro-do-ar, Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, ex-diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea); do diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Célio Eugênio de Abreu Júnior; e do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar Júnior.


Os senadores que integram a CPI já realizaram três reuniões para obter informações acerca da situação do tráfego aéreo brasileiro, incluindo as circunstâncias em que ocorreram o acidente entre o Boeing da Gol e o jatinho Legacy da American ExcelAire, em 19 setembro do ano passado. Nessas três ocasiões foram ouvidos alguns controladores de vôo, militares que investigam o acidente, além de presidentes de companhias aéreas, de um representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que denunciou irregularidades na Infraero, e do delegado que presidiu o inquérito sobre o acidente envolvendo os dois aviões e que resultou na morte de 154 pessoas.

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