Procurador Alessandro Miranda notifica o Sistema Penitenciário do Distrito Federal

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O Ministério Público do Trabalho, representado pelo procurador Alessandro Santos de Miranda, entregou Notificação Recomendatória ao subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (SESIPE), Cláudio de Moura Magalhães, ao coordenador-geral da SESIPE, João Feitosa, e aos diretores do Centro de Detenção Provisória (CDP), Centro de Internamento e Reeducação (CIR), Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), Penitenciária do Distrito Federal II (PDF II), Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), Centro de Progressão Penitenciária (CPP) e Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE), todos subordinados à Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal para adequação do meio ambiente de trabalho dos servidores das penitenciárias.

Atuação pioneira no Ministério Público do Trabalho, o procurador Alessandro Miranda inspecionou as sete unidades que compõem o sistema penitenciário da Capital Federal e encontrou irregularidades nas condições do meio ambiente de trabalho dos servidores – agentes de polícia, agentes penitenciários da Polícia Civil, agentes de atividades penitenciárias, policiais militares, servidores administrativos, servidores de apoio da Polícia Civil e trabalhadores terceirizados. A Notificação Recomendatória apresenta 26 medidas para solucionar as irregularidades apontadas.

Entre as orientações, estão a correção dos problemas de infiltração existentes nos prédios do Complexo Penitenciário; adoção de medidas de proteção contra incêndio e pânico; adequação das condições de conforto térmico e qualidade de ar no interior dos ambientes das áreas administrativas e nos blocos e alas dos detentos; ajuste das instalações elétricas e realização de manutenção; melhorias relacionadas à ergonomia; manutenção das instalações sanitárias; adequação das guaritas do Complexo Penitenciário, entre outras medidas.

De acordo com o procurador do Trabalho Alessandro Miranda, independentemente, de sua personalidade jurídica, o empregador é responsável pela adoção das medidas de caráter material – dispositivos de caráter individual ou coletivo – ou pedagógicas – regras de segurança –, além das medidas coletivas que visem prevenir, preservar e proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores. Estas medidas visam a melhoria das condições de trabalho dos agentes penitenciários, influenciando, consequentemente, na qualidade de vida dos detentos”, afirma.

O delegado Cláudio Magalhães reconheceu a importância da atuação ministerial. “Estamos muito felizes com a vista da sua equipe às nossas unidades. Pela primeira vez, estamos vendo um membro do Ministério Público estendendo a mão para a categoria. Agradecemos!”, declara.

Leandro Allan Vieira, presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal, destacou os benefícios que a atuação do MPT, neste caso, trará aos servidores penitenciários. “O servidor cumpre uma parte da pena com um encarcerado. E isso reflete na qualidade de vida do servidor. O ambiente onde ele trabalha é insalubre, perigoso. Ele está sob constante tensão, pressão psicológica e medo de rebeliões. O trabalho do Ministério Público nesta questão, que é pioneira no Distrito Federal, está sendo excepcional. Estamos contentes com o fato de sabermos que temos alguém olhando e atuando por nós”, explica.
 
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