Participação ativa dos professores é destaque na apresentação do MPT na Escola em Samambaia (DF)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 507, localizado em Samambaia Sul (DF), registra elevados índices de evasão escolar. Na avaliação dos professores, o trabalho infantil é o grande vilão. A Escola conta com 58 docentes que lecionam a 1.100 alunos, com idade variando de 6 a 14 anos.

Na apresentação do Projeto MPT na Escola, os procuradores Alessandro Santos de Miranda e Ludmila Reis Brito Lopes buscaram dirimir as dúvidas levantadas pelos educadores que lidam diariamente com problemas advindos do trabalho infantil.

Dúvidas sobre como proceder no caso de constatação da participação de crianças em trabalhos relacionados à panfletagem, trabalho doméstico e rural, ou ainda, do envolvimento com tráfico de drogas, foram esclarecidas pelos procuradores. “Nestes casos, acionamos o Conselho Tutelar, buscamos os pais da criança para comunicá-los do risco e encaminhamos denúncia à Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e da Juventude do Ministério Publico do Distrito Federal e Territórios, responsável por tomar as medidas necessárias”, explica o procurador Alessandro Miranda.

Ludmila Brito acredita que o material levado pelo MPT será útil no processo de conscientização das crianças. “Viemos aqui com objetivo de criar uma ponte, trocar informações, estabelecer parcerias, buscando a eliminação da exploração de crianças e jovens”, afirma a procuradora Ludmila Lopes.
Satisfeita com os resultados imediatos trazidos pelo chegada do Projeto no CEF 507, a procuradora

O procurador Alessandro Miranda falou ainda sobre as deficiências acarretadas pelo trabalho precoce das crianças. “Na idade escolar, as crianças devem estar envolvidas em atividades ligadas à educação, diversão, cultura, lazer e prática esportiva. Quando isso não acontece, ao atingir a fase adulta, terá dificuldades de enfrentar os desafios da vida”, conclui o procurador.

Alex Cruz Brasil, vice-diretor da Escola, considera importante a temática apresentada pelo MPT. “Nossa Escola tem taxa de evasão de 15% dos alunos, sendo que a maioria se evadiu para trabalhar. Com isso, submetem-se aos subempregos, não tendo acesso aos direitos trabalhistas e não recebem a mesma formação educacional das outras crianças”, avalia.
 
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