Os perigos da intoxicação por chumbo na reciclagem de baterias
Cerca de 200 pessoas participaram nesta quinta-feira, 11/10, no auditório do Ministério Público do Trabalho em Curitiba, Paraná, do terceiro dia do Seminário Gestão dos riscos à saúde dos trabalhadores expostos ao chumbo na produção e reciclagem de baterias, ministrado pelo pesquisador da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Gilmar Trivelato, e pela médica do Trabalho e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Andréa Silveira.
Até a primeira metade da década de 90, a intoxicação pelo chumbo constituiu um dos mais graves problemas de saúde do trabalhador. Muitos esforços foram despendidos no sentido de reduzir tais riscos, tanto pelas organizações do setor público quanto pelas empresas e por organizações de trabalhadores. Mas, estudos recentes mostraram que os riscos ainda não estão adequadamente controlados e que muitos empreendimentos operam em condições não-sustentáveis.
Várias intervenções nesse setor foram desencadeadas por órgãos públicos, dentre eles o Ministério Público do Trabalho (MPT), sendo que várias delas ainda estão em andamento. E a realização do Seminário objetiva apresentar e discutir a situação atual dos trabalhadores expostos ao chumbo, com sérios perigos à saúde, especialmente no caso daqueles que atuam na fabricação e reciclagem de baterias chumbo-ácido. O evento realizado em Curitiba visa ainda avaliar as práticas de gestão do setor público e as alternativas de políticas públicas para a redução desses riscos.
De acordo com o Procurador do Trabalho Alessandro Santos de Miranda, da PRT 10ª Região, o Seminário foi organizado pelo Ministério Público do Trabalho, por meio da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), à qual ele comanda, e pela Fundacentro.
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