Na diligência, o procurador observou as situação do local onde o trabalhador José Afonso de Oliveira perdeu a vida.
Ajudante
de carpintaria, José Afonso, estava retornando a área concluída do anel
de concreto quando a “madeirit” que sustentava o corredor de transição
cedeu, levando-o a uma queda de 36 metros. A ausência de guarda corpo
adequado e o difícil acesso da área concretada até o ponto em construção
do anel teriam sido fatores determinantes para ocorrência do acidente. O
auxiliar havia sido contratado há 34
dias antes de sua morte pelo Consórcio Brasília 2014 – formado pelas
empresas Via Engenharia S.A. e Andrade Gutierrez S.A. Tinha 21 anos e era natural do Piauí.
O procurador, Valdir Pereira da Silva,
responsável pela condução do Procedimento Preparatório para o Inquérito
Civil Público que apura as causas do acidente ressalta “é importante
que numa obra dessa envergadura, em que trabalham mais de três mil
empregados do consórcio construtor e dezenas de empresas terceirizadas,
que os cuidados relativos a segurança do trabalhador sejam observados e
que a legislação pertinente seja rigorosamente cumprida, para que se
evite futuros acidentes como este”.
Informações
complementares necessárias para a condução da Investigação foram
requisitadas ao Consórcio. O MPT está analisando as periciais técnicas
elaboradas pelos especialistas. “Todo o sistema de proteção está sendo
esmiuçado para verificar qual foi a falha”, afirma o procurador Valdir Pereira da Silva.
O
Consórcio e suas dezenas de empresas terceirizadas estão obrigadas a
obedecer a Norma Regulamentadora nº 18 (NR–18) que estabelece a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança
nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
indústria da construção. (MC/)
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