Proposta construída pelo procurador do Trabalho Luis Paulo Villafañe do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT/DF) garantiu a volta ao trabalho dos 370 empregados da Cooperativa de Profissionais Autônomos do Transporte de Samambaia (Coopatram).A suspensão da greve foi decidida em assembleia da categoria que aceitou por unanimidade a proposta do MPT, que estabelece o pagamento das verbas trabalhistas atrasadas.
O descumprimento do Acordo Coletivo da categoria, que garantia o reajuste salarial, o atraso no pagamento dos salários, vale alimentação, cesta básica e gratificação por produtividade foram os motivos da paralisação dos rodoviários, iniciada na quinta-feira (26/8). De acordo com a Coopatram, a grave crise financeira impediu o pagamento dos trabalhadores na data correta. “Metade da receita bruta é utilizada no pagamento do Banco de Brasília-DF (BRB), pelo financiamento dos ônibus. Temos de renegociar as condições daquele contrato, sob pena de fecharmos”, explica Luiz Martins Cardoso, diretor da Cooperativa.
A Coopatram deve quitar os passivos trabalhistas de todos os empregados até o dia 25 de setembro. Além disso, um estudo para o pagamento da diferença dos pisos salariais, de motoristas e cobradores, deve ser elaborado e apresentado em 60 dias ao MPT. Segundo o procurador Luis Paulo Villafañe, o Acordo foi construído com a participação das lideranças sindicais e dos dirigentes da Cooperativa. “O bom senso imperou, sendo possível a elaboração da proposta que atendeu a expectativa dos trabalhadores, tanto da garagem quanto do tráfego”, ressalta o procurador.
Em negociação com o BRB, a empresa de transporte conseguiu crédito de R$100 mil para viabilizar o pagamento dos trabalhadores. Além disso, o DFTRANS – Transporte Urbano do Distrito Federal libera, a partir dessa terça-feira (31/8), duas novas linhas de ônibus para a Coopatram. Essas duas iniciativas darão fôlego para a Cooperativa buscar solução para seus problemas econômico-financeiros. (GL/)
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