Mediação do MPT busca abertura das negociações entre rodoviários e patrões

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros e das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros do Distrito Federal (SETRANSP/DF) – que representa o interesse das 11 empresas de ônibus do Distrito Federal – alega desequilíbrio econômico-financeiro do setor para não discutir a proposta dos rodoviários.

Essa foi a posição defendida pelo presidente do SETRANSP/DF, Vagner Canhedo, durante mediação conduzida pelo Procurador do Trabalho Valdir Pereira da Silva. Para Canhedo as vantagens concedidas aos trabalhadores em 2007 não serão mantidas neste ano por pura incapacidade financeira. “Os compromissos assumidos no ano passado com o governo do Distrito Federal de dar aumento acima das possibilidades, a renovação da frota e a instalação de elevadores para os deficientes impedem de atendermos aos novos pedidos dos rodoviários” explicou Canhedo.

Segundo os rodoviários, as empresas tiveram um aumento médio de mais de 30% na receita com a saída do transporte pirata. “O governo cumpriu sua parte retirando os piratas. Não há mais argumento da falta de recursos. Agora é o aumento do diesel, dos pneus e das peças”, rebateu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Passageiros, Urbanos, Interestaduais, Especiais, Escolares, Turismo e Transportes de Cargas do Distrito Federal (SITTRATER), Saul Araújo da Silva.

Os sindicalistas confirmam paralisação dos ônibus para o dia 2 de junho próximo, se os patrões não abrirem as negociações. “Se não houver proposta, teremos greve na segunda-feira”, alertou Saul Araújo.

Ficou marcada nova audiência de Mediação para quinta-feira às 17h. O Ministério Público do Trabalho vai convidar o secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga para participar da audiência.
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