No segundo dia de apresentação do projeto MPT na Escola aos
professores da rede pública do Distrito Federal, os docentes da
Escola Condomínio Porto Rico, localizada em Santa Maria (DF),
relataram suas experiências com a exploração do trabalho infantil.
A professora Sandra Regina Castro testemunhou que quando lecionava em escola da zona rural do Novo Gama (GO) tinha alunos que trabalhavam em olarias ou em atividades do campo como ajudantes de seus pais. “As crianças chegavam na escola com as mãos queimadas ou machucadas pelo fogo ou pelos instrumentos agrícolas”. Para a educadora, o ambiente escolar é indispensável para a mudança dessa realidade. “A escola é a casa de formação da opinião das crianças e adolescentes. As cartilhas e vídeos que foram apresentados serão uteis no ensino dos nossos alunos sobre esse tema”, afirma.
Para a procuradora Valesca de Morais do Monte, coordenadora do
Projeto MPT na Escola no Distrito Federal, a luta contra a exploração
do trabalho de crianças e adolescentes é uma responsabilidade da
sociedade, do Estado e da escola. “Sem a participação direta da
escola é impossível atingirmos a erradicação do trabalho infantil
no Brasil. Precisamos unir esforços para vencer esse mal que assola
o nosso País”, conclama.
A diretora da Escola, Zeneide José de Araújo, aprova o Projeto. Ela
avalia como importante a temática discutida no evento. “O trabalho
é uma realidade dessas crianças. A educação integral oferecida é
uma forma de tirá-las do trabalho infantil, e agora também, da
criminalidade”, explica.
A Escola Condomínio Porto Rico oferece educação em tempo integral
aos seus mais de 400 alunos. Participaram da exposição 26
professores.
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