Os Procuradores do Trabalho Ludmila Reis Brito Lopes e Alessandro Santos de Miranda realizaram inspeção nas instalações do complexo industrial da Ciplan - empresa do grupo Atalla - na zona rural do Distrito Federal, para instrução de Procedimentos Investigatórios.
A inspeção foi realizada para apurar as reais condições do meio ambiente de trabalho dos mais de 290 empregados da Cimento Planalto S.A. (Ciplan). Em janeiro último, o trabalhador Andrey José de Lima, de 25 anos, morreu na área de britagem, tragado pelo equipamento transportador de pedras.
Para o Procurador Alessandro Miranda é nítida a falta de sinalização de alerta nas áreas críticas, principalmente no setor de agregados (areia e britas), local onde os Procuradores e os assessores concentraram suas investigações. “É necessário melhorar urgentemente a proteção individual e coletiva no setor de agregados para que não tenhamos mais acidentes. Não há sinalização. A utilização de equipamentos de proteção individual é falha. A prevenção, o treinamento e a capacitação são os caminhos corretos para afastar o perigo”, explica Miranda.
A Procuradora Ludmila Lopes constatou o acúmulo de pedras junto à calçada de circulação de pedestres e na própria via que dá acesso ao setor de mineração. Essa concentração pode desabar a qualquer momento. “O risco é total. É necessário uma alteração no depósito a céu aberto com o fechamento de uma das liberadoras da matéria- prima” avalia Ludmila Lopes. O gerente do setor de britagem Rodrigo de Melo Santana concorda com a avaliação dos Procuradores. “Já expedimos uma norma proibindo a circulação de pessoas na área”, diz Melo Santana.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou a Ciplan a apresentar no prazo de dez dias o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO).
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