Vida UTI Móvel é condenada por terceirização irregular

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O juiz Jonathan Quintão Jacob, titular da 17ª Vara do Trabalho de Brasília, reconheceu a existência de terceirização ilegal nas atividades do Sistema de Emergência Móvel de Brasília Ltda. – Vida UTI Móvel.


O magistrado, atendendo ao pedido da procuradora Ana Cristina Desirée Barreto Fonseca Tostes Ribeiro na Ação Civil Pública, decidiu proibir a terceirização dos serviços médicos, determinando a contratação direta dos profissionais que prestam esses serviços na empresa. A Vida UTI Móvel, também, foi condenada ao pagamento de dano moral coletivo no valor de R$ 50 mil.

De acordo com a procuradora Ana Cristina Tostes Ribeiro, a conduta adotada pela empresa configura a “pejotização”; quando a tomadora dos serviços, para reduzir seus custos, contrata, em vez de empregados, pessoas jurídicas, camuflando a existência de relações trabalhistas informais. “Estamos, assim, diante de autêntica fraude para descaracterizar a relação de emprego. A Vida UTI Móvel se utiliza de empresas formadas por médicos prestadores de serviço para não contratar tais profissionais com relação de emprego”, explica.

O juiz Jonathan Jacob, salienta a existência de terceirização da atividade-fim. “A terceirização irregular perpetrada, impõem-se reconhecer, importa, sim, violação a direitos da coletividade, caracterizando dano moral”, afirma nos autos.

Se não cumprir a decisão, Vida UTI Móvel vai pagar R$ 1 mil em multa por dia até regularizar a situação do trabalhador. O valor será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
  
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