Peão de rodeio tem direito a seguro de vida e de acidente

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Associação dos Criadores e Produtores Rurais do Gama não pode realizar rodeios sem a devida contratação de seguro de vida e de acidentes pessoais para seus peões. Esta obrigação foi assumida pela Associação perante o Ministério Público do Trabalho, representado pela procuradora Ana Cristina Tostes Ribeiro.

O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) exige que a promotora desses eventos providencie cobertura específica de seguro de vida e de acidentes para os peões participantes de provas de rodeio. Pela legislação eles são equiparados a atletas profissionais.

Segundo o presidente da Organização Cristã de Apoio ao Peão de Rodeio (OCAP), Washington Andrade, a assinatura do TAC foi de extrema importância para os atletas, "Os peões se sentem mais seguros, ainda mais os que competem no Estado de Goiás. São realizados mais de 150 rodeios por ano, o que dá em média de três a quatro por semana. Sem proteção, os acidentes podem ocorrer com maior frequência", explica Washington Andrade.

Para o peão Tiago Teodoro da Silva, que é atleta profissional há quatro anos, é necessário que o peão seja tratado com respeito, "Já sofri acidentes na arena, machuquei os braços e quebrei uma perna. Após os acidentes os atletas são abandonados em um hospital. É difícil manter-se nesta profissão, pois quando acontecem estes imprevistos temos de correr atrás dos nossos direitos e isso é desgastante", revela.

É também obrigação da entidade colocar à disposição dos participantes do rodeio infraestrutura de saúde adequada para atendimento médico emergencial no local – ambulância, equipe de primeiros socorros. A presença de um clínico-geral é obrigatória.

A Associação ainda está obrigada a dispor arenas de competições e bretes cercadas com material resistente e piso que diminua o impacto na eventualidade de quedas dos peões. (CL/gg)

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