Aroldo Lenza deixa a PRT10

O perfil do procurador do Trabalho Aroldo Lenza, que se aposentou no início deste ano, é bastante peculiar. Formado em Administração, Economia e Direito, exerceu diversas atividades antes de abraçar a causa institucional do Ministério Público do Trabalho.

No Quarto Concurso Público candidatou-se a uma vaga de Procurador do Trabalho e, aprovado, tomou posse na 15ª Região (Campinas). Após três anos, conseguiu remoção para o Distrito Federal na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região onde atuou até completar a idade constitucional para a aposentadoria compulsória. Foram dezesseis anos de trabalho, marcados por atuações na Coordenadoria da Defesa dos Interesses Individuais Homogêneos, Coletivos e Difusos (CODIN), como membro e coordenador, e na Coordenadoria de Defesa dos Interesses Individuais dos Trabalhadores Adolescentes, Incapazes e Índios (CODIMI), também como membro e coordenador, onde combateu o trabalho infantil no Distrito Federal e nas mais remotas localidades no Estado de Tocantins. Por último, trabalhou na Coordenadoria das Atividades de Órgão Interveniente (CDI) como membro e coordenador e mostrou-se incansável na missão de fiscalizar a legalidade das atividades laborais em sua região. Em 2003, foi indicado pelo Procurador-Geral do Trabalho, em primeiro lugar de uma lista tríplice para promoção, por merecimento, ao cargo de Procurador Regional do Trabalho, mas não foi nomeado pelo então PGR. Filho de imigrante italiano, nascido nas vinícolas do Sul da Itália, mantém vivas as tradições familiares, e se dedica hoje ao estudo de línguas estrangeiras. De notável empenho, o ex-procurador abriu espaço para a renovação dos quadros do Ministério Público, com a certeza de que sua missão foi devidamente cumprida, pois encerrou aos 70 anos uma vida trabalhista que iniciou aos doze, na época em que o ordenamento jurídico nem sequer estabelecia idade mínima para o trabalho. Entre os amigos, deixa a saudade de sua marcante cordialidade.