Atuação do MPT garante pagamento a empregados da Conservo

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) vai pagar, até terça-feira (17/2), salários atrasados e direitos trabalhistas de 328 empregados da Conservo Brasília e Serviços Técnicos Ltda que prestam serviços de portaria. A atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) foi determinante para a liberação dos recursos. Os créditos dos trabalhadores ultrapassam R$ 1,2 milhão.

Durante audiência realizada pelo Procurador Adélio Justino Lucas, os empregados presentes, esperançosos, pediam providências. Um dos trabalhadores, representando os demais, expôs as dúvidas em relação aos demais direitos, como o auxílio família e as horas extras.
O Procurador Adélio Lucas enfatizou que os empregados não podem continuar com a prestação do serviço sem receber os salários e deu à Secretaria prazo de 24 horas para que o crédito fosse efetuado. “Serviço prestado é serviço pago”, afirmou.
Após longa negociação, ficou definido que os créditos serão realizados num prazo de dois dias úteis, a contar de sexta-feira (13/2). A Conservo se comprometeu, também, a quitar os valores referentes ao FGTS e INSS dos trabalhadores.
Participou também da audiência o Procurador Valdir Pereira da Silva.
Terceirizados estão abalados
Funcionário da Conservo há um ano, Umberto de Almeida está com o pagamento de pensão de seus cinco filhos atrasado. Atrasadas estão, também, suas contas, o aluguel e o pagamento a agiotas, a quem ele teve que recorrer desde que a Conservo deixou de pagar seu salário, em dezembro do ano passado. Sem dinheiro, Umberto vem recebendo, de parentes e amigos, os mantimentos que sustentam sua casa.
Psicologicamente afetado e sem dinheiro para quitar seus débitos, Umberto continua trabalhando, esperando que outra empresa assuma o contrato da Secretaria e reconheça o seu trabalho e o de seus 327 colegas com salários igualmente atrasados. O resultado da audiência no MPT animou e trouxe de volta a esperança de Umberto. “Essa decisão é uma luz. Agora é aguardar que todos os nossos direitos sejam pagos”, afirmou, aliviado. (LM)
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