A procuradora Mayla Mey Friedriszik Octaviano Alberti
da Procuradoria do Trabalho no Município de Palmas protocolou, no dia 5
desse mês, a primeira ação civil pública (ACP) no Processo Judicial
Eletrônico da Justiça do Trabalho. A ACP foi elaborada pelas
procuradoras Mayla Mey Friedriszik Octaviano Alberti e Lilian Vilar Dantas Barbosa.
A ACP tem o objetivo de resguardar direitos fundamentais dos trabalhadores da Le Senechal, perfumaria com lojas em Gurupi (TO) e Palmas (TO). Durante o inquérito civil, as procuradoras apuraram irregularidades trabalhistas praticadas pela empresa. Entre elas, assédio moral aos empregados, trabalho de menores em funções e ambientes incompatíveis com o seu regular desenvolvimento, descontos indevidos, prática de racismo, abuso na vigilância dos empregados, entre outras.
Além
do assédio moral, os trabalhadores sofriam constantes agressões físicas
e verbais, que culminavam em ambiente de trabalho de permanente
estresse, resultando em problemas psicológicos. Crianças e adolescentes,
menores de 18 anos, também estavam sendo contratadas para trabalharem,
comercializando mercadorias típicas de sex shop, inclusive com vendas externas em prostíbulos da região.
Segundo a procuradora Mayla Mey Alberti
“todos os documentos atinentes à referida demanda foram encaminhados de
forma digital, prescindindo, portanto, da materialização física do
processo, cuja tramitação será inteiramente no ambiente virtual da
Justiça do Trabalho”, explica.
Os
graves e reiterados abusos praticados pela empresa ensejaram a
judicialização da causa com pedido de antecipação de tutela que restaure
a observância das normas trabalhistas sob pena de multa, além das
obrigações de fazer e não fazer. O Ministério Público do Trabalho pede, a
título de dano moral coletivo, indenização no valor de R$ 300 mil.
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